Levy, no Lisboa – Tel Aviv:
O presidente do Irão, fez em Genebra o que tinha feito em 2001 em Durban. Nessa altura, o Irão e os seus aliados, transformaram a cimeira "anti-racista" num panfleto anti-Israel. A palavra sionismo foi largamente deturpada e utilizada para fins políticos a favor daqueles que querem ver o Estado de Israel varrido do mapa. Um dos sloganes largamente apregoados na altura, foi o mesmo que Ahmadinejad usou agora: que sionismo era o mesmo que racismo. Mas quantos daqueles (inclusive em Portugal) que têm propagado este slogan até á náusea, sabem exactamente o que é o sionismo?
Para os que não sabem, o sionismo foi um movimento iniciado por Theodor Herzl no final do século XIX, que teve como objectivo a auto-determinação dos Judeus, no seu próprio Estado (Israel). Nem mais, nem menos. Tudo o resto que queiram colar à palavra não é mais do desinformação propositada, destinada aos menos atentos.
1 comentário:
Nalguns aspectos claramente demarcados, o actual apoio dos Estados Unidos ao governo israelita corresponde aos interesses próprios americanos. Numa região onde o nacionalismo árabe pode ameaçar o controle de petróleo pelos americanos assim como outros interesses estratégicos, Israel tem desempenhado um papel fundamental evitando vitórias de movimentos árabes, não apenas na Palestina como também no Líbano e na Jordânia. Israel manteve a Síria, com o seu governo nacionalista que já foi aliado da União Soviética, sob controlo, e a força aérea israelita é preponderante na região.
Como foi descrito por um analista israelita durante o escândalo Irão-Contras, onde Israel teve um papel crucial como intermediário, "É como se Israel se tivesse tornado noutra agência federal [americana], uma que é conveniente utilizar quando se quer algo feito sem muito barulho." O ex-ministro de Estado americano, Alexander Haig, descreveu Israel como o maior e o único porta-aviões americano que é impossível afundar.
O alto nível continuado de ajuda dos EUA a Israel deriva menos da preocupação pela sobrevivência de Israel mas antes do desejo de que Israel continue o seu domínio político sobre os Palestinianos e que mantenha o seu domínio militar da região.
Na realidade, um Estado israelita em constante estado de guerra - tecnologicamente sofisticado e militarmente avançado, mas com uma economia dependente dos Estados Unidos, está muito mais disposto a executar operações que outros aliados considerariam inaceitáveis, do que um Estado Israelita que estivesse em paz com os seus vizinhos.
Israel recebe actualmente três mil milhões de dólares por ano em ajuda militar dos Estados Unidos.
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