Já vimos todos, muitas vezes em directo, cenas dramáticas à porta de fábricas que fecham, com um aglomerado de trabalhadores visivelmente desesperados. Percebe-se. Parte de um sistema laboral (assente numa legislação implacável) que privilegia a ideia de trabalho mecânico e para toda a vida, muitos trabalhadores vêm-se, de repente, desempregados, demasiado novos para a reforma e demasiado velhos para o nosso mercado, e sem saber fazer na vida nada mais do que fizeram durante anos a fio, normalmente funções que o mercado cada vez menos pede e valoriza. Esse sistema sustentado por uma atitude de sindicatos que berram mais do que pensam e que acreditam viver nos inícios do século XX, em nada acrescenta ao desenvolvimento dos trabalhadores e do mercado laboral português.
Na verdade, a ideia sempre em voga, e reforçada nestes tempos de crise, é a de que o posto de trabalho – o emprego – é pertença do trabalhador. Um direito inalienável. Apesar de a rigidez tenaz da legislação laboral portuguesa querer insinuar isso mesmo, a verdade é que esse é um bem que está nas mãos do empregador, não propriamente porque a decisão de despedir ou contratar é dele, mas porque a viabilidade da existência daquele posto de trabalho depende da sua própria viabilidade como patrão.
A palavra certa deverá ser, cada vez mais, empregabilidade. Essa, boa ou má, encontra-se sempre na posse de cada trabalhador. O seu desenvolvimento depende das suas próprias iniciativa e capacidade. É por aí que o caminho deve ser trilhado.
É por isso que as políticas laborais preconizadas ao longo dos tempos por sucessivos responsáveis governativos se têm mostrado erradas. São essas mesmas abordagens que lhes sustentam as respostas dadas de improviso perante o impacto da crise no emprego. Um impacto que teria sido provavelmente minimizado se acaso se tivesse posto em prática, algures no passado, uma política de emprego que se baseasse num sistema bem mais flexível e em trabalhadores qualificados e versáteis. O exemplo da Holanda está aí para o provar.
Na verdade, a ideia sempre em voga, e reforçada nestes tempos de crise, é a de que o posto de trabalho – o emprego – é pertença do trabalhador. Um direito inalienável. Apesar de a rigidez tenaz da legislação laboral portuguesa querer insinuar isso mesmo, a verdade é que esse é um bem que está nas mãos do empregador, não propriamente porque a decisão de despedir ou contratar é dele, mas porque a viabilidade da existência daquele posto de trabalho depende da sua própria viabilidade como patrão.
A palavra certa deverá ser, cada vez mais, empregabilidade. Essa, boa ou má, encontra-se sempre na posse de cada trabalhador. O seu desenvolvimento depende das suas próprias iniciativa e capacidade. É por aí que o caminho deve ser trilhado.
É por isso que as políticas laborais preconizadas ao longo dos tempos por sucessivos responsáveis governativos se têm mostrado erradas. São essas mesmas abordagens que lhes sustentam as respostas dadas de improviso perante o impacto da crise no emprego. Um impacto que teria sido provavelmente minimizado se acaso se tivesse posto em prática, algures no passado, uma política de emprego que se baseasse num sistema bem mais flexível e em trabalhadores qualificados e versáteis. O exemplo da Holanda está aí para o provar.